O direito à eutanásia deve ser consagrado constitucionalmente. A nossa vida, pessoal e intransmissível surge casualmente (na natureza e não através de manipulação). Por tal facto, também devemos decidir, quando entendermos terminar com ela, com a nossa própria vida, em especial, quando em sofrimento atroz ou em imobilidade total, em estado vegetativo. Excluo, por motivos óbvios, os homicídios, os atentados, os suicídios (um direito consciente e indiscutível), etc…
A eutanásia pode e deve ser uma opção pessoal e terminal. O estado quando incumpridor das obrigações de segurança, protecção e saúde de todos os portugueses que, à luz da Constituição nascem iguais, mas apenas no papel, não pode nem deve interferir, esse mesmo Estado, nas decisões do foro pessoal. Ao fazê-lo, está violar mais outro artigo da Constituição (esquerdóide) que é o direito ao sigilo, à livre opinião e à livre liberdade de escolha religiosa, étnica ou cultural.
Numa altura em que tanto de fala da falaciosa da homogeneização e multiculturalidade, a opção, mesmo que através de referendo, da não escolha da eutanásia é contrária a todos os princípios básicos de cidadania que a esquerda apregoa à boca cheia (até se engasgam nas pertinentes questões da oposição) e esta oposição, agarrada a falsos moralismos direitistas e religiosos faz o mesmo.
Se o Estado não me pode protege de ser espoliado por ele com impostos e taxas, não me protege de ser assaltado ou violado por um preto qualquer ou, um romeno vigarista, ou um muçulmano marado, ou um motorista bêbado, ou um puto branquelas excitado por a gaja dele lhe ter dado um coice, também não pode exigir nem obrigar a que caso seja escolha minha, ver-me livre desta outrora pátria orgulhosa, a não escolher a eutanásia como solução final para os problemas existenciais que, em consciência tomar. Eu, ou qualquer outro cidadão. Até porque, essa opção sai económica ao próprio Estado quanto ao investimento nos paliativos e continuados. Quanto ao lucro que poderia obter (o verdadeiro motor da economia lusa) também não é beliscado: fim do pagamento de pensões, de despesas hospitalares, de compensações, de tortura às famílias, com o sofrimento continuado e violento de quem não quer ser egoísta em relação à paz de espírito dos outros.
A eutanásia é um direito. E quem anda por aí a manipular de cruz e foice em riste, a opção de sofrimento em contínuo é hipócrita e anti-social. Nenhuma religião ou tendência política (salvo as ditatoriais que executam em massa) ou outro ideal subjacente, pode, pode de alguma forma impedir a autocrítica, a auto-decisão face ao seu próprio destino. Se tal for invocado, então teremos de apoiar o aborto porque, nem sequer é possível invocar a autodeterminação, pois antes de nascer não vota, não contribui, não decide. Não!? É ao contrário? Então impeçamos o aborto também.
Ao ser permitida a eutanásia, que é sobretudo seleccionada como opção de morte por elites e classes médias, faz com que sobre muito dinheiro para o Estado gastar, no pomposamente chamado, estado social, que sustenta vastas faixas da população, composta sobretudo por inúteis, migrantes e emigrantes chungas, escumalha social de outros países da Europa e Mundo, calões, corruptos, políticos, negociatas desastrosas para a população, enfim…
Portanto, concluindo. A eutanásia é boa para quase toda a gente envolvida na polémica.
Texto: Fernando de Sucena (Investigador de informação; Jornalista; Escritor e Formador). 2019©/Produtores Reunidos©
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