O desenvolvimento da greve dos enfermeiros e dos professores transforma-se num atentado aos direitos das populações, sendo que, esta, ser lesada pode considerar um grevista, um terrorista. Não!? O terrorismo pode ser caracterizado como um tipo de violência que se pratica contra vítimas inocentes com o objectivo de promover alguma causa ou percepção do mundo, seja pessoal, seja colectiva, isto é, partilhada por um grupo, facção etc.
E o que é que temos a ver com isto? Tudo! Compramos o passe da CP e somos vítimas inocentes da arrogância dos empregados do Estado. Estamos doentes, beneficiamos de um sistema de apoio à saúde e somos vítimas inocentes das manias eruditas dos enfermeiros que se acham mal pagos para o que fazem no sector público, mas, depois duplicam o trabalho no sector privado e não se queixam.
Será que a bastonária, depois deste espectáculo miserabilista, que os turistas consideram parte das festas de Santo António, ainda sabe entubar um utente com soro?
Temos problemas com os vizinhos e os juízes, empregados do Estado prejudicam as nossas ânsias com atrasos, pelo que, também somos vítimas inocentes da situação.
Pomos os nossos filhos, enteados e demais incógnitos de pai na escola, na esperança de que sejam ensinados, e os professores que se acham super-dotados, superiores à demais populaça e licenciados. O líder da coisa já nem dever saber onde fica a escola onde trabalhou no último dia antes de andar prejudicar os inocentes. Será que, o indivíduo, além de vociferar a travadinha dos 9A4M2D,ainda sabe escrever e falar como professor, mesmo que miseravelmente preparado para o ensino, mas excelentemente activo para a paralisia laboral? Mas há mais. Muito mais.
Postas as coisas nestes termos temos realmente em cada esquerdista grevista, um terrorista, porque, maioritariamente, os grevistas são esquerdistas. Acresce, porventura, o factor rendimento.
Cada dia de greve é um corte no vencimento mensal e, pelos vistos estes terroristas são bem pagos para andarem dias e dias nos cafés, esplanadas e noutras entidades privadas a abdicarem da massaroca que exigem do Estado, que por sua vez é governado por outra espécie de terroristas que prejudicam os inocentes depositantes dos bancos e os inocentes cidadãos enganados pelo seu voto. O que Costa, e apaniguados avermelhados, fizeram com a geringonça foi um atentado à democracia, pelo desrespeito, autoritarismo e estupidez da função pública.
Para combatermos este terrorismo temos de reagir. Temos de privatizar, demitir, não eleger, destituir. O terrorismo psicológico exercido pelos sindicatos é pior que os actos de carinho do DAESH. Esses, pelo menos, eliminam quem não os serve e não esperam recompensas políticas da população. Pois é, até no terrorismo somos parvos.
A Lei 7/2009 define o direito à lei (que é um direito de quem trabalha, pois quem não trabalha não faz greve). Apesar do artº 538 definir o que são os serviços que devem ser assegurados, o tribunal arbitral e o Estado, invocando, este último, a liberdade e a democracia ignoram. Aliás, é curioso que esta regulação (controlada pela DGAEP – Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público) contraria-se várias vezes ao longo da própria lei. O artigo 399º, ponto 2 é de uma inconsistência confrangedora. O artigo 402º é basicamente ignorado e é um dos mais importantes e que na no seu incumprimento torna a greve num acto terrorista. Recordamos que uma acção que vise prejudicar inocentes é considerado um acto terrorista. Ah, pois!
Este, artigo 402º diz que o não cumprimento dos serviços mínimos implica que o Governo proceda à requisição civil, e isto muito raramente é exigido pelo incompreensível tribunal arbitral. Ora, como o próprio governo tem os funcionários em greve, e não podendo substituir os grevistas por outros, fica sem funcionários para executarem a requisição...
Quem quiser passar uns momentos divertidos e agradáveis de humor corrosivo, debruce-se sobre este tema em:
http://cite.gov.pt/Legis_Nac/ArquivoLN/LeisArqLN/Lei59_08anexo10.htm
E mais importante. Os dirigentes sindicais, que são um verdadeiro lobby de pressão oportunista. Servem-se dos associados para exercerem um terrorismo mais fraquito, pois os inocentes dos trabalhadores, manipulados e em greve não recebem os dias de acção de luta. Mas, os que estão nas funções sindicais recebem o seu graveto completo. Logo, os sindicalistas ainda são piores que o governo. São, vendo as coisas neste prisma, os verdadeiros angariadores de terroristas. Perdão, grevistas.
As únicas greves com resultados para a nação foram as primeiras, no pós abrilada, e os célebres petardos do pai da Mariana do Parlamento. Isso sim, era coisa à séria. Agora, é só para destruir os inocentes cidadãos pagantes, deste luxo que é a greve.
É bom que os leitores saibam que as greves não são vantajosas para ninguém. Ninguém ganha com as greves, apenas os chefes da coisa que normalmente passam a ter visibilidade política e, por vezes, por mero acaso até chegam a ministros ou próximo disso. Coisas.
É bom pensarmos na nossa cidadania plena em criar o movimento anti-greve, ou o movimento anti-sindicatos. O povo agradece e a nação fortalece.
Texto: Fernando de Sucena (Investigador de informação; Jornalista; Escritor e Formador). 2018©/Produtores Reunidos©
Imagens: Google©
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