Se o seu amigo de quatro patas exibe um comportamento e sintomas atípicos, isso pode ser sinal de que está doente. Doença de Lyme, otite externa, parvovírus canino, tosse do canil e vómitos são, algumas das questões de saúde mais comuns nos cães.
Uma mudança visível no comportamento dos nossos “patudos” pode ser sinónimo de doença. Falta de energia, vómitos e tosse indicam, muitas vezes, que necessitam de tratamento. Saiba a que sintomas deve estar atento e como proceder.
Alguns destes problemas são muito contagiosos, podem deixar sequelas ou ser fatais para os animais. É o caso da doença de Lyme, causada por uma bactéria transmitida pela picada de carraça. É mais frequente nas zonas campestres e apenas uma minoria dos animais afetados apresenta sinais da doença, como febre e inchaços no corpo. Mesmo depois de curada, pode causar dores crónicas nas articulações. Se não for tratada pode levar a danos nos rins, sistema nervoso e coração ou a morte. Proteja o seu cão das carraças com produtos repelentes e inspeções frequentes; consulte o veterinário sobre a utilidade de vacinar contra a doença.
As inflamações nos ouvidos (otites) são geralmente acompanhadas por infeções e originadas por alergias alimentares, bactérias e fungos, entre outros. Provocam sintomas como o abanar da cabeça e o coçar insistente da orelha. Casos mais raros de otite média podem causar falta de coordenação motora e vómitos. Limpe e inspecione os ouvidos do seu cão semanalmente. Se tiver orelhas peludas e caídas, deve tosquiá-las, pois está mais vulnerável ao problema.
O parvovírus canino é muito contagioso, sobretudo para cachorros que ainda não foram vacinados. É causado pelo contacto direto com um animal doente, mas também pelo contacto indireto, através de fezes contaminadas, por exemplo. Cuidar a higiene do seu cão e vaciná-lo são as melhores formas de o proteger deste vírus.
A tosse do canil é uma infeção respiratória transmitida pelo contacto direto ou indireto com animais infetados. Propaga-se velozmente em canis e outros espaços confinados habitados por muitos cães. Os sintomas são tosse seca e persistente e, por vezes, vómitos. Não costuma ser grave e passa em cerca de 10 dias, mas pode evoluir e é muito contagiosa. Pode ser mais severa em cachorros não vacinados e cães idosos. A vacina não impede totalmente o contágio, mas atenua a gravidade da doença.
Caso o seu cão tenha vómitos, procure controlá-los com mudanças na dieta. Se persistirem ou se se acompanharem de outros sintomas ou sangue, consulte um veterinário, pois podem indiciar problemas graves.
Os cães devem ser desparasitados a cada 6 meses (ou de acordo com a regularidade indicada pelo veterinário) e têm de ser vistos pelo veterinário, pelo menos, 1 vez por ano, para manter o esquema de vacinação em dia, nomeadamente a vacina da raiva. Esta é obrigatória a partir dos 3 meses de idade e só pode ser administrada a animais com identificação eletrónica (chip). Custa € 5 durante a campanha anual de vacinação e € 8,80 € no resto do ano. Esta campanha é divulgada, online e em diversos locais públicos, pelas câmaras municipais. Recomenda-se ainda as vacinas da esgana, hepatite por adenovírus, parvovirose, leptospirose e tosse do canil.
Os gastos com a saúde dos animais não são comparticipados pelo Estado, mas pode deduzir 15% do IVA na declaração de IRS. Se fizer um seguro para animais, pagará menos pelos tratamentos. Se lhe é difícil comportar os custos, peça conselho a associações de animais próximas sobre como obter consultas mais baratas.
Texto: Célia Palma (adaptado por) Fernando Skinrey.
Imagens: Google©
Imagens alteradas em 05/04/2019
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