Este texto, não tem nada a ver com os motivos implícitos no movimento copiado dos franceses, um país que está associado aos grandes movimentos de massas que mudaram o mundo. O movimento iniciado em 1789 associado à tomada da Bastilha; o de 1848, que daria origem à implantação da republique; o Maio de 1968…
O que está aqui em causa é a falta de respeito e de direitos autorais peoa outra utilização do colete de segurança.
Com efeito, já em 2005, aquando da candidatura à Câmara Municipal da Amadora, por independentes com o apoio do extinto Partido Humanista, os elementos candidatos aos pelouros usavam estes referidos coletes, já então, por uma questão de visualização.
Ghislain Coutard, o camionista que começou com a ideia devia pagar direitos de autor e ajudar a dar razão aos defensores do artigo 13 da Internet. Protestar usando as ideias autorais alheias é, ainda assim, discutível. A diferença mais notória entre os tugas e os franciús, é que eles divertem-se aos sábados nas arruaças, e nós, país de desempregados, desocupados e subsidiados podemos brincar às revoltas populares em qualquer dia da semana.
O mais engraçado é que copiámos os coletes amarelos. Olha se fossem vermelhos? Nesta altura, parecia uma concentração de nacional de pais natal. A figura apalhaçada seria mais divertida para o mundo e divulgávamos patética ideia do professorado.
Até é divertido olhar para a maralha amontoada que, de longe, parece um enxame de pirilampos lampejantes.
Quanto a mim continuo na minha, deviam pagar-me os direitos de autor da ideia de 2005, porque assim, até iria para rua confirmar quantos milhares estavam a utilizar, incluindo forças policiais e migrantes, defender os meus trocos (cada colete, 1 cêntimo de direitos de autor). Grandea reveillón - à francaise – que eu faria, à conta dos papalvos protestantes .
Texto: Fernando de Sucena (Investigador de informação; Jornalista; Escritor e Formador). 2018©/Produtores Reunidos©
Imagem:Cofina©
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