Férias é tempo de descanso e de observação cuidada e descontraída do que nos rodeia. Nas nossas atentas visualizações da fauna que nos rodeia nas piscinas, praias, transportes, restaurantes, hipermercados, bares, discotecas, consultórios de veterinária, parques e hóteis, descobrimos como as aberrações geneticamente alteradas comunicam entre si.
Nada, temos contra os desvios, apenas e à semelhança de quem exige direitos, também temos os nossos; o de sermos poupados ao espectáculo degradante que nos é imposto por estas alminhas distorcidas. Não tenho de ser confrontado com asquerosos beijos lambuzados de matulões barbudos com ar esganado, em plena rua, ou na mesa em frente, enquanto estou a ensinar o petiz a degustar uma salada. É disto que se fala e é com isto que estes gajos e gajas criam atritos. Cada um come o que quer, mas não onde quer. Haja decoro, respeito, educação, classe, bom-senso.
Até finais de 2017, a moda das calças descaídas já não augurava nada de bom, pois é um símbolo da disponibilidade para o acto homossexual. No entanto, à medida que se sobe, na cadeia alimentar da LGBT - ILGA em português - (Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual, Trans e Intersexo) a complexidade da simbologia torna-se mais densa e hermética.
Mas, voltando ao assunto. Lenços, couro, pulseiras, calças, óculos e trejeitos. Há mais, mas estas são as constatações mais evidentes nas criaturas.
A década de 1970 foi um período ímpar para a comunidade gay. A libertação sexual estava à solta e nos EUA, os LGBT (sigla de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transsexuais ou Transgéneros em uso desde os anos 1990) começavam a exigir seu lugar na comunidade. Eles continuavam relegados, no entanto, à marginalidade – algo difícil para muitos, mas excitante para outros.
Os gays norte-americanos usavam vários acessórios colocados em partes das suas roupas que tinham significados bem definidos para quem sabia decifrá-los, sinais que indicavam vários tipos de preferências sexuais e, também, explicitavam as tribos a que pertencia cada gay.
Lenços
Um dos códigos mais populares na época eram os lenços. Eles são uma evolução do costume que os gays norte-americanos da época tinham de usar chaveiros para indicar os papéis que preferiam na cama: pendurado no lado esquerdo, ele indicava que o sujeito preferia ser activo, e, no direito, passivo.
No início dos anos 1970 o jornal Village Voice sugeriu, em tom de brincadeira, que os gays deveriam trocar as chaves por lenços, de maneira a comunicar não apenas a posição que preferem, mas também a prática que mais gostam, de acordo com a cor. As cores dos lenços eram escolhidas conforme os significados a seguir:
Preto - S&M; Azul-escuro - sexo anal; Azul-claro: sexo oral; Castanho - cropofilia (brincar com fezes); Verde - prostituição; Cinzento - bondage (ser amarrado); Laranja - vale tudo a qualquer hora (mas não necessariamente com qualquer um); Roxo- piercing; Vermelho - fistar (inserir a mão no ânus); Rosa - dildos ou brinquedos anais; Branco - masturbação; Amarelo - Golden Shower ou Chuva Dourada (brincar com urina).
Se, já por si, as opções pessoais são de lisura e inteligência duvidosa, o que se faz ainda é pior. Há quem ache isto natural e engraçado, mas, para a maioria, não passam de deturpações gravosas de uma actividade sexual sã.
Nos anos 80, Bruce Springsteen, na capa de um dos seus melhores álbuns (Born in the USA – 1984) apelava ao lenço…
Brincos
Um brinco no lóbulo direito sugere que quem o usa prefere assumir o papel passivo durante a actividade sexual. Por outro lado, um brinco no lóbulo esquerdo significa um comportamento activo da parte do usuário. Diferentemente de outros sinais, no entanto, a colocação do brinco no lado direito ou esquerdo nem sempre é indicador de tendências activas ou passivas na parte do usuário. Além disso, o brinco é muitas vezes adoptado por homens não-homossexuais, tornando assim o brinco o mais súbtil dos significadores homossexuais.
Couro
O protótipo do couro é o visual mais facilmente reconhecido. Itens de couro preto incluem tudo desde capuzes a jaquetas, calças, quepes e roupa íntima. Acessórios incluem motocicletas, correntes e itens sexuais variados. O couro preto torna-se um símbolo do desconhecido ou ainda não experimentado. É inteiramente, macho na aparência. Mas só na aparência. Basta recordar o filme Academia de Polícia e a cena no Ӧysters Club…
Pulseiras
As pulseiras de silicone de todas as cores foram populares nos anos 80.
Recentemente, entraram, de novo, no gosto das meninas.
Durante as férias e escutando duas pitas mal-amanhadas, aprendi, que essas pulseiras, vendidas por aí afora, transformaram-se num código sexual, no qual cada cor anuncia uma disposição de quem a usa. Por exemplo, uma pulseira azul assinala a vontade de praticar sexo oral, uma preta anuncia o desejo de ter uma relação sexual completa.
Para verificar autenticidade da história, naveguei pela internet e descobri que desde 2009, começaram a aparecer informações sobre esta sinalética mais lésbica que gay. Houve, inclusive escolas norte-americanas que interditaram o uso das pulseiras de silicone por causa de sua significação sexual.
Como começou? Talvez com a brincadeira de um grupo de amigas fantasiando entre si no Messenger e, logo, abrindo o jogo para desafiar a timidez dos meninos. Em poucos meses, o código das pulseiras espalhou-se, mundo fora.
Tome muita atenção à rapaziada que por aí anda com lenços, brincos, entre outros pormenores, e desconfie de tudo o que não são comportamentos normais. Cuide dos seus filhos que o mundo está perigoso, estranho e em mudança constante.
Para seu bem e por causa dos outros lembremos as palavras de António Gedeão (‘Pedra Filosofal’) “Eles não sabem nem sonham que o sonho comanda a vida, que sempre que um homem sonha o mundo pula e avança…” Portanto, os sonhos bizarros dos outros podem ser a sua desgraça, a dos seus filhos, familiares e amigos.
Finalmente, apenas um aparte para dizer que, constitucionalmente me assiste o direito de dizer mal desta coisa, desde que não incite ao ódio nem à violência. Não me venham com vociferações absurdas por causa do que digo. Se, ser diferente é um direito (independentemente de discordar do que são esses direitos), ser maldizente, também é um direito.
Para saber mais sobre o tema:
https://www.youtube.com/watch?time_continue=21&v=RtHC29merkU - um clip engraçado sobre os trejeitos gay (What actually happens when gay guys see other gay guys and straight people aren't around).
Texto: Fernando Skinrey (Jornalista, Criativo Gráfico, Empresário e Massagista/Podólogo).
Imagens: Google©
Imagens alteradas e revistas em 04/04/2019
000065
Cara leitora Sinddy. Tenho o mesmo vício genético que deduzo que tenha: Também não gosto de homens, nem de lésbicas, nem dessas anormalidades que têm uma sigla intragável. Podiam só defirem-se por AA (Anormais assexuados). A educação, a cultura e a inteligência permitiram-me descortinar o mundo como foi, é e será. A normalidade sobrepõe-se à mediocridade. Ponto!
Mais do mesmo. Cá para mim este é marido do outro homónimo e por isso são revoltados contra as outras categorias de género e de pessoas.
Excelente maneira de deitar abaixo esta comunidade que devia continuar a ficar isolada. Temos o direito à contestação e ao não aceitar este estilo de vida conforme eles não aceitam os diferentes. Coisas.
Até que enfim que alguém tem tomates para falar desta sinalética. Assim, quando andarmos por aí e virmos isto é altura de pegar da espingarda de paint-ball e pum! Ou então polos na GAYola!.