Toda a gente quer saber mais ao detalhe quem são os responsáveis mentecaptos por este blogue. Curiosidade justa. Então, vamos revelar, hoje, a comemorar o terceiro mês de existência do blogue, o perfil de um colunista e escritor dos mais alienados, marados e frontais do país.
Nota: O texto poderá ter algumas incoerências pois foi adaptado de memória de um original manuscrito feito para um trabalho sobre o auto- retrato de Bocage, para o curso EFA e feito desaparecer por Maria Madalena Matos, professora na ESPAN em Queluz.
Nasci quase a meio no século passado,
Onde nem fui pedido nem achado.
Na década do ‘baby boom’, pois então!
Todos juntos ‘inda hoje, somos uma multidão.
Vida, vivida num único sentido,
Onde nada se repete nunca,
Porque, o tempo, esse foragido
O futuro por vezes trunca.
Amei, fui amado e odiado,
Optei sempre pelo lado errado.
Viajei imenso, por lazer e obrigação,
Mas, Portugal está sempre no coração.
A voragem do querer saber
Cresceu sempre no meu ser
Comecei nas Artes Gráficas,
Era eu jovem imberbe, rapazola.
Foi nesta altura que pus na tola,
Que podia fintar o destino com tácticas.
Fui designer, paquete, ‘DJ’; ‘RP’, aprendiz,
Mas, no fundo fiz, o que sempre quis.
Seguiu-se o jornalismo, escritórios,
Hospitais, escolas, laboratórios.
Também, fui segurança,
E formação a muitos dei.
Mas, ainda tenho esperança
De que a muitos mais darei.
A voragem do querer saber
Continuou a infiltrar o meu ser
Claro que, esta forma de vida,
Trouxe custos humanos, pessoais,
Que prejudicaram família e pais,
Por culpa desta vontade atrevida.
Por muitas outras experiências,
Traumatizantes ou de decisão
Passei, quer querendo ou não.
Todas elas são, porém, sapiências.
Artes, imprensa, rádio, televisão,
Enfim, todas as formas de comunicação,
Marcaram-me desde a infância,
E, ainda hoje, continuo nesta inconstância.
Porque a voragem do querer saber
Vai ficar comigo até eu fenecer
Muitas mulheres pelo caminho, interesseiras,
Acontece a qualquer demanda de macho,
Do amor ideal, perfeito, casto ou de rameiras.
Mas foi difícil encontrá-lo, eu acho!
Na solidez de alguns amigos, aportei,
Acalmei, e por eles, até a política tentei.
Vida cheia, variada, incompleta,
Mas sempre muito abstrata.
De alegria, felicidade, tristeza também.
No fundo, sou optimista, porque nasci,
E com a ventura de ser agnóstico, cresci.
Obrigado pai, obrigado mãe!
Texto: Fernando de Sucena (Investigador de informação; Jornalista; Escritor e Formador). 2018©/Produtores Reunidos©
Imagem: Google©
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