A origem desta coisa!
Há mais cinco casos na lista de relações familiares no Governo
O jornal digital, O Observador, contabiliza no total mais de 40 pessoas envolvidas direta ou indiretamente ao Executivo liderado por António Costa. O marido de uma governante, o marido de uma deputada, um filho de um ex-deputado do PS, a mulher de um assessor e amigo do primeiro-ministro e a nora de um ex-deputado socialista são os casos agora identificados.
Nas ligações identificadas estão o chefe de gabinete da secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim, que é casado com a deputada e vice-presidente da bancada parlamentar do PS, Susana Amador.
Outro dos casos de família é o de Tiago Gonçalves, chefe de gabinete do secretário de Estado da Defesa do Consumidor, João Torres, desde 17 de outubro de 2018. O antigo dirigente da JS é filho do antigo deputado e antigo presidente da câmara municipal de Peniche, Jorge Rosendo Gonçalves.
Na última remodelação governamental, Ângela Ferreira tornou-se secretária de Estado da Cultura. Quatro meses depois, o marido, João Ruivo, foi nomeado pelo secretário de Estado João Paulo Rebelo — que depende de outro ministério, o da Educação — como coordenador científico do Laboratório de Análises de Dopagem.
Catarina Hasse Ferreira, que foi nomeada para exercer as funções de técnica especialista no gabinete do secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, logo a 16 de fevereiro de 2016, é outro dos casos. Catarina Hasse Ferreira é nora do antigo deputado do PS Joel Hasse Ferreira. Antes já exercia funções no ministério, mas subiu a técnica especialista com a chegada do PS ao Governo.
Há ainda um outro caso, mas em que a familiar já abandonou o Executivo em virtude da exoneração do secretário de Estado que assessorava. Trata-se de Susana Escária, mulher de Vítor Escária, que foi assessor do primeiro-ministro e só foi exonerado na sequência do caso Galpgate. Susana Escária foi adjunta do secretário de Estado da Internacionalização até este ser exonerado na sequência do mesmo caso em outubro de 2017.
Nos últimos tempos, temos assistido a uma verdadeira orgia rosa das promiscuidades entre os familiares xuxas. Ora, orgia não significa, ao contrário de bacanal, apenas sexo. Quer de uma ou de outra interpretação não deixa de ser uma situação em somos f*****, sem participação activa na coisa, passando, nós, assim, a sermos meros espectadores.
Orgia, consultado o Dicionário Informal, pode ser qualificada como, menagem se for a 3 ou, swing, se participado por 4. No entanto pode, igualmente ser, apenas, o contato físico entre 3 ou mais indivíduos. Sendo que se não for assim, fica classificado como Voyeurismo.
Mas, orgia tem ainda outros sinónimos (que extraímos do mesmo dicionário on line): sexo, grupal, putaria, bacanal, prazer, alucinação, alegria, anarquia, bagunça, confusão, desordem, desorganização, devassidão, farra, saturnal, deboche, pandega, patuscada, troça, folguedo, folia, mascarada, alteração, alvoroço, atrapalhação, balbúrdia, banzé, barafunda, barulho, bochinche, briga, bulha, caos, desaguisado, desalinho, desarranjo, desatavio, descomposição, desconcerto, desgoverno, destemperança, discórdia, distúrbio, embrulhada, encrenca, escangalho, escaramuça, espalhafato, estalada, forrobodó, indisciplina, mexida, motim, pandemónio, perturbação, rebuliço, retesia, revolta, rixa, rusga, sobressaltar, trapalhada, tropelia, tumulto, turbação, turbulência, festim, ágape, banquete, bródio, festa, arrelia, chinfrim, algazarra, complicação, folgança e/ou, libertinagem.
Qualquer uma delas se aplica aos relacionamentos intra/inter-pessoais da malta do governo. Mas, para que não existam dúvidas, como aquela malta está toda relacionada, não nos parece que, seja bem usado o termo bacanal. Este termo é explícito no que ao sexo respeita. No Dicionário Informal on line, a referência à palavra Bacanal indica que é festa com tema sexual. Festa onde os participantes, homens e mulheres, fazem sexo uns com os outros indiscriminadamente. Mas outros ermos são designativos desta acção física e que não são de todo semelhantes à anterior. Diz-se também que pode ser: orgia, festa, sexo grupal, devassidão, deboche, dissolução, imoralidade, libertinagem, podridão, prostituição, relaxação, salacidade, volutabro, farra, baderna, esbórnia, folia, pandega, troça, anarquia, bambochata, desordem, festim, tripúdio, báquico e/ou dionísico.
Resumindo, trata-se efectivamente, de uma festa íntima de uns quantos familiares e amigos que, além de se reunirem, uma vez por semana, numa sala para tomarem decisões discutíveis, convivem extra lar, reforçando os laços humanos entre eles, imitando as micro-empresas familiares e provocando inveja nos outros trabalhadores, que em função dos horários de trabalho só se encontram diariamente em família e amigos ao início da noite e, aos fins-de-semana, respectivamente.
É uma orgia, porque entre eles, deliciam-se com as mordomias políticas que o Estado, de todos nós, lhes permite. Desorganizam tudo, porque quando se acabar a festa, os que vierem a seguir não conseguem acabar com a coisa, porque o silêncio compra-se pela cumplicidade. Só no caso de se zangarem as comadres se descobrirão as verdades. E mesmo assim, sabe-se demais do que era suposto por parte desta oligarquia em vigor. Nunca os mais fervorosos adeptos anti-fascistas fossilizados, pensaram que deixassem de viver numa quase ditadura para viver outra, assim.
O Verde é a cor da esperança, que é a última coisa a morrer, mas antes ainda desta governação mafiosa, que em Portugal se pode designar por Caca Nostra, em oposição à siciliana Cosa Nostra. O rosa passa a ser a cor do deboche, do descaramento, do deleite, da pornografia.
É vergonhoso, uma família política que defende a igualdade, as quotas, a integração e a paridade, cagar-se para os seus próprios princípios, optando pelo inverso. Assim, de certa forma acasalando uns com os outros, não existirá o perigo de conspurcação do ADN político. Mas, curiosamente, o único caso de destruição familiar conhecido, a dinastia Habsburgs, é paradigmático. Sem cruzamentos não existe renovação genética. O incesto, e falamos de política obviamente, é perigoso. O PS, entrou nessa espiral e em breve estará extinto, finado, acabado, para gáudio e felicidade de mais de metade da população nacional, não mais de metade do eleitorado.
Na orgia, o prognatismo mandibular não é importante. Falar não adianta, porque tal como na política não se percebe o que dizem, e só o dinheiro fala forte. Parece que nada está interligado, mas está tudo. Andam todos as ressacar, essa é que é essa!
Felizmente, tenho Internet e posso ver bacanais com outros participantes, que não sempre os mesmos, que acaba por chatear, já estou farto de ser lixado nesta. Quero participar e activamente numa outra qualquer. Tenho esse direito. Qual direito? O direito de reclamar, o de me manifestar, e o de dizer que estamos nesta situação por causa dessa malta. E falavam do Salazar e do Ballet Rose. Pelo menos não davam nas vistas. Tão anjinhos que eles eram…
Texto: Fernando de Sucena (Investigador de informação; Jornalista; Escritor e Formador). 2019©/Produtores Reunidos©
Imagem: Google©
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