A tradição, ou melhor as tradições, já não são o que eram, por causa das paranóias esquerdistas dos bloquistas e comunistas. O Natal já não é o que era, não por causa do consumismo exacerbado, mas porque não há famílias, no conceito clássico. Não há touradas porque se invoca o sofrimento dos animais, mas omitem-se outras questões menos populares.
Ficamos para já por estas duas tradições muito ocidentais e portuguesas. Uma delas pagã outra nem tanto.
O Natal deixou de ser a festa familiar, por excelência, porque não existem famílias. Mães, pais, filhos, enteados, e demais graus de parentesco, foram completamente adulterados pelos novos conceitos sociais divulgados e optimizados pelos anti-sociais esquerdistas.
Um filho fabricado por duas pessoas que nunca mais se encontrarão na vida e que vive com outros dois progenitores que, por sua vez, estão na mesma situação, não criam laços de parentesco. Isto é, do mais animalesco e básico que existe. Daí resulta, a brutal estatística dos crimes sexuais cometidos contra menores e maiores. Penalizar o abuso sexual deveria, neste caso, ser indesculpável porque, será sempre perpetrado contra estranhos, e esse desconhecimento inter-pessoal é consequência das sucessivas leis necrófagas sobre o casamento, o planeamento familiar, a maternidade, a natalidade e o divórcio, produzidas a granel, pelas cabeças burguesas revanchistas da esquerda pseudo-evolucionista.
Para além disso, o próprio Natal, não tem relacionamento com nenhum ideário esquerdista, porque a direita é assumidamente religiosa. A família é, por arrasto, um conceito social desfasado da realidade ocidental.
Colocados estes dois pontos analíticos, conclui-se que não havendo família, não existe sacramento que resista ao afastamento dos chamados laços de sangue. Isto que achamos ser um must da modernidade, é o contrário do que é defendido por outras culturas no mundo que, nós ocidentais desleixados, amorfos, viciados na liberdade excessiva, nas tecnologias e na ignorância da fé, desconsideramos.
A família foi, é e será, o centro do humanismo e da sociedade. Pai e mãe são os protectores e os guardiães do futuro. E nesse futuro, inclui-se a educação, o respeito, a ligação parental e os cuidados familiares. Enquanto, se viveu sob estes lemas, as pessoas eram mais felizes e unidas. Essa união fez com que durante séculos, a quadra fosse comemorada solenemente e agregando os muitos elementos da família.
O outro ponto em análise acerca das tradições é o polémico assunto da tauromaquia. Sempre que se envolve cornaduras nas conversas, a coisa toma peso, proporcional às bestas em discussão. Os touros sempre estiveram ligados ao espectáculo para deleite dos espectadores. Eram um dos vários animais expostos pelos romanos nos circos, em ferozes combates de gladiadores. O culto do sangue, é ancestral, intrínseco ao Homem. As civilizações Maia e Inca em êxtase, massacravam centenas de prisioneiros e escravos, num espectáculo macabro. O sangue era humano. Agora, o que corre é animal. Animal sim, mas diferente.
Uma vez mais, a esquerda retrógrada, discriminadora, egoísta e desligada do povo que a elege, age contra os que perpetuam o legado dos antepassados. As touradas, são um espectáculo popular, antigo. Mais antigo que as cabecinhas que pretendem acabar com mais esta tradição.
O que deixo à consideração dessa malta é um referendo, mas em que os principais interessados (os touros) votem no sentido que mais lhes convier. Se, o resultado for no sentido da extinção das touradas, devemos respeitar a decisão dos bichos, tal qual respeitamos democraticamente as asneiras e atropelos que essa malta inventa.
A terminar, apenas a referência a outras tradições que devemos preservar, como sejam: dizer não ao aborto; não à eutanásia; não ao casamento (até me arrepia as unhas dos pés usar esta palavra com os panascas) de homo-sexuais; não à importação maciça de escumalha migrante e muito mais. Mas podemos e devemos dizer sim à vacinação obrigatória; sim à inclusão da pena de morte no sistema judicial e outros mimos com que crescemos e que nos fizeram ver o mundo como deve ser.
Tradições que nós ainda vivemos e que ninguém nos pode tirar, nem sequer por decreto. Quando aparece o anúncio do Ferrero Rocher, é Natal; quando se vê a bolinha vermelha no ecrã da televisão, vem merda pela certa; quando os políticos falam não se acreditar no que dizem; o Sporting perder os campeonatos de futebol pelo Natal; Pedro Abrunhosa feito Stevie Wonder, ou dizer mal do país cá dentro e morrer por ele lá fora. São tradições… tradicionais. Pois!
Vivam as todas as tradições lusitanas por muito exclusivas que possam parecer. A sério.
Texto: Fernando de Sucena, 2018 para N.E.E. - Núcleo de Estudos Elitistas© e Produtores Reunidos©
Imagens: Google©
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