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Foto do escritor

THEYS WILLEMSE

Atualizado: 4 de abr. de 2019

Aqui há uns dias passeava na capital de cabo-verde (desculpem na Amadora), e, eis senão quando, vejo uma placa com um nome estranhíssimo: Um tal Theys Willemse.

Magicava naquilo, e em simultâneo pensava no antigamente, em que alguém tinha de ter uma notoriedade superlativa para ter nome numa rua. A atribuição de topónimos aos arruamentos é da responsabilidade das Câmaras Municipais, desde o final do século XIX.

Entendi, que os clássicos da República e da Monarquia; os escritores famosos; os políticos escolhidos de acordo com a simpatia partidária; os médicos; os advogados, entre outros fossem homenageados com aqueles azulejos nas fachadas dos prédios. Nunca entendi é porque se são figuras marcantes para o país ou local (segundo os princípios da toponímia) porque retiraram os do Estado Novo e substituiram por outros igualmente arrevesados de desordeiros.

Já agora, um interregno para inquirir os leitores da seguinte questão. Sabem qual foi a ponte de construção mais rápida? A ponte sobre o Tejo. Na véspera era Salazar e, no dia seguinte, era 25 de Abril…



Falava eu do tal artista holandês. Theys Willemse (Roterdão 1939, Paris 2011), escultor que moldava a madeira com o espírito de um arquiteto, estudou Arquitetura em Amesterdão e foi professor na Academia Rijks. Veio para Portugal em 1999, conheceu Artur Bual e criou laços com a cidade da Amadora seus artistas, escolas e associações culturais e, na Galeria Municipal, foi curador de exposições de outros artistas como o holandês Frans Schuursma, Artur Bual e Costa Camelo.

Em Fevereiro de 2011, a cidade da Amadora atribuiu a uma praça o seu nome só porque era amigo de Artur Bual. Coisas.

Pouco se sabe dele. A literatura que existe acerca, está sobretudo em francês, que foi uma língua de base no antigo regime e que faz falta agora e que permitiu aos extintos Mário Soares e Álvaro Cunhal, entre outros estarem em Paris, tal qual Sócrates, mais recentemente que recebeu a mesma dose de literacia dos anos 60. C’est la vie’.




Texto: Fernando de Sucena (Investigador de informação; Jornalista; Escritor e Formador) -2018/N.E.E. – Núcleo de Estudos Elitistas©

Imagens: Google©


Imagens: alteradas e reeditadas em 04/04/2019


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1 comentario


Miembro desconocido
19 oct 2018

Se não fosse o Blog Xokmagazine, não tinhamos conhecimento deste pintor. É sempre útil a informação dos blogues.

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