Por acaso as pessoas cruzam-se e, por vezes, param e trocam impressões. Outras vezes, nas diversas vicissitudes da vida, convivem e partilham experiências de vida, de gostos e desgostos. Foi numa destas últimas situações que conheci um pintor que pinta o abstracto.
O abstracto é a utilização de abstrações (qualidades e relações) e não a realidade sensível, logo num sentido figurado, que é de difícil compreensão ou obscuro. As telas de Carlos Reis misturam não só o cubismo, como o abstracto em proporções equilibradas. Aliás, o artista, segundo as suas palavras bebe influências várias.
Aos 60 anos, nasceu em 29/10/1958, na vila morena de Grândola, o pintor e músico, revela um traço uniforme e uma coerência colorida na matriz do pincel. O Abstracto é uma das facetas da sua vasta obra e este perpassa pelo burlesco, pela sexualidade do corpo feminino, musa inspiradora de centenas de artistas plásticos, pintores e músicos.
Carlos Reis, também é músico (toca baixo com grande mestria) vem da onda beatnicks dos anos 60 e revive com alguma nostalgia esses tempos de criatividade constrangida. Esse constrangimento é-lhe interno e serve de autocensura explanativa que filtra a imaginação e torna-a mais objectiva e densa.
Mais do que o texto, as palavras ou a narrativa, as imagens dos quadros valem mais. Muito mais.
Um dos objectivos do blogue da XOK é promover artistas desconhecidos do mainstream Carlos Reis é um desses nomes.
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Atelier de Pintura – Édarte
Texto: Fernando de Sucena (Investigador de informação; Jornalista; Escritor e Formador). 2019©/Produtores Reunidos©
Imagens: Carlos Reis© e Facebook©
Imagens republicadas e editadas novas em 04/04/2019
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