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FALECEU NIKI LAUDA


Nome incontornável da Fórmula 1, Andreas Nikolaus Lauda, faleceu, e com ele, todo um legado desportivo. Assisti ao seu desempenho em 1985, no Autódromo Estoril, no ano do seu terceiro título, e consegui um autógrafo do ‘rato’, alcunha que lhe foi dada pela forma dos dentes frontais…

Participou do Campeonato Mundial de Fórmula 1 entre 1971 e 1979, e de 1982 a 1985, disputando 177 Grandes Prêmios, obtendo 25 vitórias, 24 pole positions e 24 melhores voltas, totalizando 419,5 pontos. Sagrou-se tricampeão mundial eem 1975, 1977 e 1984, e é o único piloto até hoje a ser campeão tanto pela Ferrari, como pela Mclaren. Pilotou para as equipes: March, BRM, Ferrari, Brabham e McLaren.

O grave acidente que sofreu em 1976, que o impediu de ser campeão nesse ano, teve o mérito, à semelhança do ocorrido com Ayrton Senna, de despertar consciências e, no caso de Lauda, alertar para a necessidade do aumento de meios de socorro imediato, nos circuitos de automóveis.

Esta corrida era composta de 14 voltasa Nurburgring. O longo circuito foi inaugurado em 1927 e o traçado original da pista tinha aproximadamente 28 km (28.265 km) posteriormente foi criado um novo traçado de 22 km (22.810 km) de extensão e era utilizado pela Fórmula 1 nas décadas de 60 e 70. Actualmente é utilizado outro traçado de 5,148 km, porém o traçado de 22 km ainda permanece. Com tal extensão era inseguro e difícil aceder ao ponto de acidente em segundos. Após esta imensa confusão que envolveu outras viaturas e a intervenção e sangue-frio de Arturo Merzário, todos os traçados foram repensados.


Neste ano, na mesma prova, existe uma curiosidade, estranha. Lella Lombardi a penúltima mulher a correr em F1 e a única a pontuar, teve o seu carro apreendido pela polícia alemã não chegando a participar na corrida, onde alinharam 26 pilotos. Depois da qualificação, os Brabham/Ford da RAM Racing de John McDonald, que deveriam ser pilotados por Rolf Stommelen e Lella Lombardi, foram apreendidos pela polícia, a pedido de Loris Kessel, que tinha sido piloto da equipa, mas tinha sido despedido após falhar a qualificação para o GP de França.

Mias do que as provas o que fez história foi a perseverança, a energia e a vontade de vencer do austríaco. Mais importante, a forma simples como encarava os adversários e a química humana que transmitia e que acompanha os campeões.

Mas, recordemos em registo escrito o que sucedeu, e que deu a origem a filme/documentário de 1978 ou 1979 chamado, Pole-Position, muito antes do RUSH. Ah pois! Nos anos 70 e 80 era sempre a abrir…




Na segunda volta, quando o piloto austríaco passava pela zona de Bergwerk, o carro subitamente despistou-se (a hipótese mais consistente foi a de uma quebra de suspensão), bateu forte no guarda-rail e em ricochete vai para o meio da pista, incendiando-se. Para piorar as coisas, o carro ainda recebeu o choque do Surtees do americano Brett Lunger. Preso nas ferragens, é socorrido por um grupo de pilotos: Lunger, Arturo Merzário, Harld Ertl e Guy Edwards. Outros pilotos juntaram-se para ajudar ou para parar os seus companheiros que vinham ainda na pista, como Emerson Fittipaldi e Hans-Joachim Stuck.

Os socorros chegaram rapidamernte e conseguiram tirar Lauda do carro, e sabia-se que o piloto tinha sofrido queimaduras. O resgate duraria quase uma hora, pois ele tinha de ser evacuado de helicóptero para Koblenz. E aos poucos, sabia-se que o estado de Lauda era grave. Chegou a ser-lhe dada a extrema-unção.



Para saber mais:

https://www.youtube.com/watch?v=tZ8mD31jkoU

https://globoesporte.globo.com/motor/formula-1/blogs/f1-memoria/post/2019/02/22/nos-70-anos-de-niki-lauda-veja-70-fatos-e-curiosidades-sobre-o-tricampeao-mundial-de-f1.ghtml


Oportunamente iremos reatar o tema com o arqui-rival e oponente respeitoso James Hunt. Até lá.

Texto: Fernando de Sucena (Investigador de informação; Jornalista; Escritor e Formador). 2019©/Produtores Reunidos© com apoio do Arquivo/Produtores Reunidos

Imagens Google; Facebook.


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