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AMÉRICO MONTEIRO – (EMANUEL)

Atualizado: 4 de abr. de 2019

Américo Pinto da Silva Monteiro, nascido em Sabrosa em 1957 (30 de Março).


Lançou o primeiro disco em 1992. A entrevista foi concluída e actualizada oportunamente, depois de ser iniciada em 2007, aquando do 10º aniversário das Bombocas e, amiúde, por aí, aproveitando os momentos que o cantor ofereceu de convívio, no final de alguns espectáculos.

No passado dia 23 de Abril, em Queluz (terra onde viveu dois anos, na juventude) foi-nos permitido concluir, finalmente, a mesma.

A ligação a esta equipa passa pelos pais, reformados da Função Pública (Centro Nacional de Pensões), onde o Sr. Américo foi colega de outra personagem dos Produtores Reunidos, Carlos Lacão, primo do deputado socialista com o mesmo apelido.

Ponderado, acessível e muito, muito calmo, Emanuel respondeu a algumas questões, quiçá, algo estranhas…


Produtores Reunidos - És conhecido como o pai da música ‘pimba’. No entanto, o pimba, estilo musical, não é a designação correcta da palavra!

Emanuel - O pimba é um adjectivo que se usa na minha terra para contextualizar uma acção: ‘vamos à taberna, pegas no copo e… pimba’!

Produtores Reunidos - Quantas horas demoras a compor uma canção?

Emanuel - Se for em estúdio e um ‘hit’ para mim pode demorar 6 meses. Por exemplo, o ‘Hino do amor”, demorou 3 anos até ficar como eu queria. Normalmente, uma canção demora até 2 semanas. Com os Máxi demorei um mês a produzir o álbum.

Produtores Reunidos - Alguma vez recusaste uma canção para alguém?

Emanuel - Nunca. O que acontece agora, é que, como as canções para mim, posso demorar o tempo que quiser.

Produtores Reunidos - Escreveste quantas canções até agora?

Emanuel - Mais de 3 800 canções mas, tenho, apenas cerca de 1 000 editadas.

Produtores Reunidos - Pretendes ultrapassar o Landum?

Emanuel - Nunca pensei nisso. Posso é dizer que ele é um mestre e é o maior compositor/autor de Portugal dos últimos 30 ou 40 anos. Respeito-o muito e somos bons amigos.


Produtores Reunidos - Se não fosses cantor, o que gostarias de ter sido.

Emanuel - Qualquer coisa que me fizesse feliz.

Produtores Reunidos - Quando começaste a cantar alguma vez pensaste chegar onde chegaste?

Emanuel - Não. Realmente não. Nunca previ atingir tamanha dimensão.

Produtores Reunidos - É difícil escreveres para mulheres assumindo a perspectiva feminina, referindo as canções das Bombocas, como amostra?

Emanuel - Não é difícil. Um criativo consegue ultrapassar as restrições normais que aparentemente essa situação demonstra.

Produtores Reunidos - Os teus filhos vão seguir as pisadas do pai na área musical?

Emanuel - Não me parece. O Emanuel está, em Inglaterra, a fazer um curso de engenharia de segurança informática que é uma carreira de futuro.

O Samuel, que é o manager dos espectáculos, é arquitecto, e os gémeos ainda não têm objectivos claros por serem pequenos.

Como para mim, quero é que eles sejam felizes com o que fizerem.

Produtores Reunidos - Estás a ponderar fazer algum mega espectáculo no Meo Arena?

Emanuel - Esse tipo de espectáculo serve para solidificar uma carreira. Já fiz vários Coliseus numa fase inicial da carreira à vinte e tal anos. Agora não se justifica.


Produtores Reunidos - Quando pensas parar de cantar?

Emanuel – Penso, é continuar a cantar até ter saúde ou, até que o público queira.

Complementos

A carreira de Emanuel, já está bem longa no tempo e recheada de experiências. Em resumo, de seguida, algumas das marcas na vida profissional do mesmo.

Em 1995, saiu o “Pimba, Pimba”.

De 1973 a 1987, foi professor numa escola de música.

Em 1988, produziu o premiado álbum ’Joana’ de Marco Paulo.

Em 2007, vence o festival da canção com Sabrina e o tema “Dança Comigo - Vem Ser Feliz”.

Em 1991, participa no festival da canção.

Em 1998, edita ‘Felicidade’.

Há 20 anos, sai ‘Vamos aElas’.

No ano de 1998, recebe o título de D. Emanuel I o Rei da Música Popular Portuguesa e, nessa cerimónia, contou com a presença do legítimo à coroa lusa.

Fez, ainda os genéricos para as novelas “Anjo Selvagem” e “Sonhos Traídos”.


Texto: Fernando de Sucena (Investigador de informação; Jornalista; Escritor e Formador). 2018©/Produtores Reunidos©

Imagens: Alexandra Teixeira©; Arquivo/ProdutoresReunidos© e Facebook©.


Imagens alteradas e refundidas em 04/04/2019


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