Portugal foi dos países pioneiros a surgir de violência doméstica (à luz da actualidade) pois o filho virou-se contra a mãe e correu com ela do trono. Talvez por isso, somos o que somos.
Primeiramente, mesmo rentinho à fundação da nacionalidade andámos em ‘negociações’ com cruzados e mouros para construirmos o território do país. Depois, do condado portucalense dado (não foi conquistado) viemos por aí abaixo com apoio e suporte dos cruzados correr com a mouraria daqui. Já tínhamos infra-estruturas Romanas.
Seguiram-se séculos de negociações com senhores e burgos com alianças e casamentos de conveniência para solidificarmos uma economia assente no apoio da Santa Sé, que assente no conceito de FÉ matava e destruía a eito.
Seguiu-se a fase dos Descobrimentos em que a Igreja e os países mais poderosos apoiaram as navegações e os achamentos. Com a reinvenção da escravatura (mão-de-obra barata e lucro do tipo ‘leasing’ com o preto enriqueceram os cofres da monarquia.
Vivemos épocas áureas com o ouro do Brasil. Depois, fomos ‘dominados’ durante anos pelos espanhóis que continuaram a investir por estas terras. Para corrermos com estes últimos, aliámo-nos aos ingleses que sustentaram o país durante décadas, até para evitar que os franceses tomassem contra das possessões.
Já no século XIX, vivemos à conta das exportações e capitalizações de nações que terminaram com a monarquia, e apoiaram a República. Posteriormente, vivemos com a exploração das colónias; depois, com o 25 de Abril passámos a viver com o dinheiro da CEE (União Europeia, agora) para onde entrámos a reboque dos espanhóis e, ultimamente, temos vivido com os dinheiros dos chineses.
Caminhamos em alta rotação para um futuro em que a dívida soberana (expressão técnica para país falido, podre e teso) é uma das maiores do mundo aguardando que uns investidores (não interessa quais) comprem os quase 250 mil milhões.
Viva Portugal
Texto: Fernando de Sucena (Investigador de informação; Jornalista; Escritor e Formador).
Imagem: Google©
Imagem editada e recolocada em 05/04/2019
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Isto sim, um breve resumo da História económica de Portugal, sem provocações e ofensas desnecessárias.