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FALSOS ESTERTORES

Falsos estertores sim, falsa morte

A essas saiu, a lotaria, g’anda sorte

Das mil formas como muitas mulheres, amei

Pra algumas, delas foi assim… que nem eu sei

Sensações, emoções, ardores, risos, calores

Suspiros, respirações como falsos estertores

Falsos estertores sim, falsa morte

A essas saiu, a lotaria, g’anda sorte

Os músculos convulsivamente a estrebuchar

A pele, suada, de poros abertos a ruborizar

O coração acelerado, que nem doido a bater

A oxitocina, sempre calma e tranquila a crescer

Falsos estertores sim, falsa morte

A essas saiu, a lotaria, g’anda sorte


Pois é damas, amores meus, paixões fugazes

Amar sem limites, com entrega em excesso

É coisa de homens feitos, não de putos, rapazes

É uma viagem de carripana, não de expresso

Falsos estertores sim, falsa morte

A essas saiu, a lotaria, g’anda sorte

A beleza transforma-se em estranhos esgares,

As excitadas visões mudam-se em lânguidos olhares

Qual tsunami, terremoto, ou brutal vulcão

O amor perfeito é uma permanente tesão

Falsos estertores sim, falsa morte

A essas saiu, a lotaria, g’anda sorte



Poema de: Fernando Skinrey© (Jornalista, Criativo Gráfico, Empresário e Massagista/Podólogo). - 2019/03 (escrito durante o Eros Porto 2019)


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