Nada melhor que os provérbios para este auto de fé. Manda a Tradição, porque nem é sim ou não. Vou-vos confessar uma coisa que, se calhar, revela algumas das frases pragmáticas que Sun Tsu deixou para a posteridade, e que integrei na minha foram de vida, porque estamos permanentemente em guerra.
Sim, vou confessar uma coisa. Comecei por simpatizar com o MRPP (Meninos Rabinos Pintam Paredes) logo em 1974, depois encostei-me ao PS, que durante muitos anos tinham uma costela a cair para a social-democracia e que me permitiu atingir alguns contactos em patamares elevados dentro do aparelho do partido. Mas, a política desiludiu-me, quando percebi que sem ‘cunhas’ por muita vontade e inteligência que tivesse, nunca seria reconhecido como jornalista, dirigente. Fiquei pois, desiludido com o rumo rosinha e na falta de aposta no ‘moi’ o que me levou a sair. Passei para a extrema-direita, o que me permitiu, devido ao facto de não haver nada sólido na época, uma perninha pelo Partido Humanistam para umas autárquicas.
Pode-se dizer que, sou uma ‘puta’ da política e depois? Não são todos? Exemplos: Durão Barroso, Pacheco Pereira, Zita Seabra, Vital Moreira, Paulo Portas, Helena Roseta, Francisco Louçã, Manuel Alegre, João Cravinho, Jorge Sampaio, José Sócrates (sim, esse foi PSD) Fernando Seara, Basílio Horta, e até um tal Sousa Franco que mudou duas vezes (três partidos) não me ultrapassando, mas sendo eu, ultrapassado pelo António Vitorino (4). Numa olhada pela Wikipedia, estão lá os nomes de todos, os 71. Portanto, eu serei o 72º. Mas o que é mais interessante é que alguns transferiram-se à bruta com passagens da extrema-esquerda de movimentos quase terroristas para partidos do bloco central ou de direita. Acho que sou dos poucos que percorreu o espectro político todo. Por isso, quando digo mal, sei o que digo e ‘má nada!’. Também quase sessenta anos dão uma perspectiva dos erros acumulados única.
Nesses longínquos anos 70, com a revolução o que ouvi eu, nos primeiros vinis que comprei com as economias e as prendas de Natal, de Aniversário e não reprovação de ano lectivo. Estas eram as únicas alturas em que os porquinhos mealheiro ficavam com algum peso. O que eu ouvia? A esta distância, algumas canções são, simplesmente abomináveis, outras nem tanto. Mas, na época achei-as giras. Façam o favor de não rir, senão nunca mais faço confissões…
Carlos Cavalheiro – A Boca do Lobo - https://www.youtube.com/watch?v=nUe4HkHePM0
Ermelinda Duarte – Somos Livres - https://www.youtube.com/watch?v=AZW7XqZvvvg
Paperlace – The Night Chicago Died - https://www.youtube.com/watch?v=p-L0NpaErkk
Suzy Quatro – Primitive Love -https://www.youtube.com/watch?v=3Ko1bf_u0vo&index=6&list=PL8a8cutYP7fovX1VMBKjnSP5HauR5-Qid
Depois, tomei-lhe o gosto e foi sempre a endireitar o gosto musical e a aperfeiçoar a originalidade que culminou com musica tecno do mais brutal e proletária possível como sejam Nitzer Ebb em meados dos ano 80 (1987) quando já deixava o ambiente socialista e depois a guinar para o germanismo dominante com Die Krupps (as letras não têm cor, porque o trabalhador é sempre vítima de quem manda, como veremos no final) e o som destrutivo do techno industrial subsequente dos mestres Kraftwerk, que em 1975, vieram atrofiar as mentes mais esfomeadas por inovações musicais.
Nitzer Ebb - Murderous - https://www.youtube.com/watch?v=3_2GlKk08xQ
DIE KRUPPS - Schmutzfabrik - https://www.youtube.com/watch?v=jvyOp1_mFDs
Kraftwerk - Radio-Activity - https://www.youtube.com/watch?v=4kEti-BB4Pw
Foi por esta altura que as idas para os bares do Bairro Alto, beber umas burras com alguns patrícios vermelhões apenas porque eram colegas de trabalho não camaradas, acabaram com conhecimentos marginais com intelectuais de extrema-direita. Depois o resto já sabem. Acabei como um facho que relembra com saudade as músicas de uma juventude perdida, numa sociedade governada por imbecis que estragaram e deram cabo do país. Claro está que, com as mudanças cada vez mais radicais, os ideais esquerdistas foram-se esgueirando pelo capitalismo dos lucros dos estúdios musicais e agora continuo a ser um dos poucos que depende do Eurodisco, para viver, para trabalhar, para ser feliz…
Hoje, confesso, que passei pela fase de ir para os comícios e manifestações do PCP para apalpar as tipas que eram as únicas que não reclamavam. Não sabiam? Mas era! Elas lá estavam a gritar, nunca percebi bem o quê, mas que eram todas boas eram. Fui a alguns, mas depois não arrisquei relações com damas comunistas e para o escriba, os ajuntamentos politícos acabaram-se, no início dos anos 90.
Desses tempos quase ‘vintage´, restam os nomes de Sérgio Godinho e Manuel Freire,
Sérgio Godinho – Etelvina - https://www.youtube.com/watch?v=AoPlMcFWK6k
Sérgio Godinho – Cão Raivoso - https://www.youtube.com/watch?v=xxGLWy4FNTU&index=11&list=RDAoPlMcFWK6k
Manuel Freire – Pedra Filosofal - https://www.youtube.com/watch?v=kGvY4tqcgUQ
Dessa esquerda pré-histórica, a única coisa que recordo é a imagem do mulherio, bonito e bom. Aliás, uma das causas que poderia fazer-me pensar num acordo de extremos é esta: JAD, Joana Amaral Dias, nascida em 1975. Boa, bonita, com alguns laivos de inteligência e, sobretudo figura de encher o olho. Tal qual,algumas camaradas de desvario libertino desses anos de antigamente.
Nota final: Tive estes discos, mas devido ao desapego crescente pelas coisas materiais e pelas pessoas, já não resta nada. Aliás, com o advento da Internet tudo isto é possível recordar on-line, sem cuidados redobrados com os riscos no vinil, o enrolar das fitas ou a estabilidade dos equipamentos.
DIE KRUPPS – Schmutzfabrik (Dirt Factory)
The machinist doesn't look back
No time in the machine factory
Lots of dirt and grime and muscle pain
Lots of hot embers from the heart of iron
And does it run well, the production?
Is fulfilling the plan true pay?
In the rhythm of the machines he's allowed to earn his money
In the factory of dirt the clock runs tick tick tick
And at the will of his strong arm the machines stand still
And at the will of his strong arm the machines stand still
Determination and some courage
The hot embers do him good
And at the will of his strong arm the machines stand still
And at the will of his strong arm the machines stand still
The machinist doesn't look back
No time in the machine factory
Lots of dirt and grime and muscle pain
Lots of hot embers from the heart of iron
And does it run well, the production?
Is fulfilling the plan true pay?
In the rhythm of the machines he's allowed to earn his money
In the factory of dirt the clock runs tick tick tick
And at the will of his strong arm the machines stand still
And at the will of his strong arm the machines stand still
* Não traduzimos, porque nova tradução iria alterar ainda mais algumas significâncias.
Texto: Fernando de Sucena (Investigador de informação; Jornalista; Escritor e Formador). 2018©/Produtores Reunidos©
Imagem: Cofina© e Google©
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O texto é ordinário. A fotografia da bloquista é ordinária, porque a Joana é mais bonita e inteligente que jeitosa. O homem é mesmo porco, abjecto, ordinário. Desconheço se é casado, mas estranho que seja, pois lamento a situação da companheira ou mulher. Triste perfil humano.
Com que então nas molhadas a aproveitar-se de mulheres excitadas!...
G'anda maluco!!... Juntar comunas, fascistas, música e gajas é de loucos, porra!