Centenas de estrelas observadas por um satélite da NASA podem ter exoplanetas semelhantes à Terra na sua zona habitável.
Uma equipa de astrónomos concebeu um catálogo de 1822 estrelas com grandes probabilida-des de terem planetas um pouco maiores do que a Terra na respectiva zona habitável. Estas estrelas vão ser estudadas em detalhe por um satélite da NASA, permitindo acelerar a busca de planetas potencialmente capazes de manter vida em outros sistemas solares. A selecção de al-vos inclui um grupo de 408 estrelas onde será possível detectar exoplanetas de dimensão seme-lhante à Terra.
A equipa que preparou este catálogo, liderada pela astrofísica Lisa Kaltenneger, da Universidade americana de Cornell, utilizou dados do satélite TESS (Transiting Exoplanet Survey Satellite, da NASA), que está no espaço a observar 400 mil estrelas, usando o método de detecção conhecido por «trânsito». Trata-se no fundo da percepção de pequenas variações na luminosidade da es-trela, sempre que o planeta transita em frente à luz emitida.
O TESS tem sensibilidade suficiente para detectar planetas semelhantes ao nosso, que recebam da sua estrela irradiação também comparável, isto num único trânsito. Mas para se confirmar que existe um planeta na zona habitável de determinada estrela, onde poderá manter-se água em estado líquido, os cientistas precisam de dois trânsitos, o que permite calcular a distância entre a estrela e o exoplaneta. Esta foi a base da criação do catálogo, «TESS Habitable Zone Star Catalog».
O catálogo permitirá concentrar os telescópios em alvos muito promissores, dando um salto directamente para o que mais interessa aos cientistas, a zona habitável e os planetas da di-mensão da Terra. A estrela mais próxima deste catálogo está apenas a seis anos-luz do sistema solar. O próximo passo será o de conseguir observar exoplanetas com tal detalhe, que permita detectar sinais de vida nas respectivas atmosferas.
Texto e Fotos: Direitos Reservados/Google
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