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A RAPARIGA APANHADA NA TEIA DE ARANHA

Atualizado: 12 de mar. de 2019

Por mero acaso, entre as opções disponíveis num dos aglomerados de salas de cinema, em Lisboa, acompanhado pela esposa (parafraseando os norte-coreanos – querida líder –) fomos surpreendidos por uma película de acção muito interessante.


‘The Girl in the Spider's Web’ realizado por Fede Alvarez, uruguaio nascido em Montevideo em 1978, que alguns já conhecem de "A Noite dos Mortos-Vivos" ou "Nem Respires", de acordo com um argumento seu, de Steven Knight e Jay Basu, é um dramático thriller de acção incessante.


Fede Alvarez


Três reparos: Mulheres em número superior ao de homens na sala (elas adoram ver as gajas a dar nas trombas dos homens) e demonstram que beijinhos e romance já foi; o filme com 117 minutos reúne toda a essência deste género feito sempre a correr, com muita violência (todos esburacados e partidinhos têm uma resistência sobrenatural) e a utilização maciça da tecnologia é, definitivamente, o futuro.


Claire Foy, Sylvia Hoeks, Lakeith Stanfield e Sverrir Gudnason dão vida, cor e forma dramática, a um filme regstado na suécia e todo ele envolto em frio, neve gelo e com os temperamentos dos actores igualmente impávidos e distantes.

Após os eventos relatados em "Os Homens Que Não Amavam as Mulheres", Mikael Blomkvist, jornalista e fundador da revista "Millenium", e Lisbeth Salander, a "hacker" profissional de inteligência e coragem fora de comum, vêem-se envolvidos numa teia de corrupção e espionagem que vai colocar as suas vidas novamente em perigo.

O filme é a adaptação do romance homónimo da autoria de David Lagercrantz, quarto livro da série "Millenium". Os três primeiros títulos foram originalmente criados por Stieg Larsson, que morreu de ataque cardíaco em 2004, antes de ver a sua obra transformar-se num fenómeno da literatura mundial.

David Lagercrantz https://en.wikipedia.org/wiki/David_Lagercrantz nasceu na Suécia em 1962. É escritor e jornalista e vive em Estocolmo.


Depois de ter estudado Filosofia e Religião, licenciou-se em Jornalismo pela Universidade de Gotemburgo. Trabalhou para o diário Expressen como repórter criminal tendo feito a cobertura dos casos mais mediáticos no final dos anos 80 e início dos anos 90 na Suécia. Publicou várias biografias de personalidades muito conhecidas dos suecos e, em 2011, aquela que foi o seu maior sucesso – I am Zlatan Ibrahimovic – a história do famoso jogador de futebol, nomeada para vários prémios importantes, traduzida em 30 línguas e com milhares de exemplares vendidos. Fez a sua estreia na ficção com The Fall of Man in Wilmslow, uma história baseada na vida do célebre matemático britânico Alan Turing que teve um enorme sucesso internacional. Nos livros de David Lagercrantz encontra-se frequentemente um padrão: grandes talentos que se recusaram a seguir as convenções. Interessam-lhe não só os que se destacam da multidão, mas também a resistência que a sua criatividade inevitavelmente enfrenta. Talvez por isso tenha aceitado a proposta que lhe foi feita em Dezembro de 2013 para escrever o quarto volume da série Millennium criada por Stieg Larsson (1954-2004). Decerto não conseguiu resistir a Lisbeth Salander, uma das personagens mais criativas e irreverentes da literatura contemporânea.


E o filme é sobre…

Uma noite, Blomkvist recebe um telefonema de uma fonte confiável declarando ter informação vital para os Estados Unidos. A fonte tinha estado em contacto com uma jovem mulher, uma super-hacker que se parecia com alguém que Blomkvist conhecia bem de mais. As consequências são surpreendentes. Blomkvist, a precisar urgentemente de um furo jornalístico para a Millennium, pede ajuda a Lisbeth, que, como habitualmente, tem a sua agenda própria. Em A Rapariga Apanhada na Teia de Aranha, o duo que fez vibrar 80 milhões de leitores com Os Homens Que Odeiam as Mulheres, A Rapariga que Sonhava com uma Lata de Gasolina e um Fósforo e A Rainha no Palácio das Correntes de Ar encontra-se de novo num actual e extraordinário thriller.



Decididamente um filme a ver, com alguma brevidade, porque senão corre o risco de ser retirado da salas num curto espaço de tempo. Poderá , caso isso aconteça, ler o livro. Melhor que este em termos de surpresas narrativas, só ‘7 Irmãs’ referido atempadamente no XOK Magazine on line. A critica encontra-se disponível para consulta na colecção XOK Magazine em: https://issuu.com/lusorecuros/docs



Texto: Fernando de Sucena (Investigador de informação; Jornalista; Escritor e Formador). 2018©/Produtores Reunidos©

Imagens: Google©


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Nota: Alteração e reedição de imagens em 12/03/2019

32 visualizações2 comentários

2 Comments


Unknown member
Nov 14, 2018

Referência e texto com muita actualidade. Nada de críticas em relação à qualidade do filme mas muito interessante o que está em torno do mesmo. Vale a pena aceder aos links. Das melhores coisas publicadas por aqui.

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Unknown member
Nov 14, 2018

Excelente abordagem, apesar de discordar de alguns comentários mais sexistas. Mas, no essencial, boa critica. Pena é o autor da coisa ser um desbragado e provocador.

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